quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Notícias Logisticas: Previsão de Crescimento de condomínios Logísticos em 2010 - Fonte : Revista LOGWEB ed 96

Apesar de o setor imobiliário ter sido afetado pela crise no último ano, os condomínios logísticos mantiveram a caminhada de crescimento no Brasil, por conta das vantagens e facilidades que podem oferecer aos locatários, que sempre buscam menores custos e melhorias em suas operações Nesta matéria especial da revista Logweb, empresas que disponibilizam condomínios logísticos comentam que, por conta da atratividade deste tipo de empreendimento que há alguns anos apresenta uma forte tendência no país, o
setor se portou muito bem diante do cenário de crise mundial que o mundo viveu no último ano.
O que torna os condomínios logísticos atrativos, segundo os entrevistados, é que as empresas locatárias têm buscado,principalmente, reduções nos custos fixos e segurança em suas operações, aspectos que são os diferenciais deste tipo de empreendimento, que ainda oferecem a vantagem das ótimas localizações, geralmente próximas de importantes rodovias e aeroportos.
Tendência se consolida
Do ponto de vista de Renata Catena, diretora-executiva da Catena&Castro (Fone: 11 3048.4033), a tendência para o futuro industrial e produtivo do Brasil cada vez mais se firma na necessidade de instalação de condomínios industriais e logísticos em centros que permitam o escoamento da produção e se localizem em locais próximos a centros consumidores e pólos de escoamento favoráveis, tanto econômica como logisticamente.
"Levando em consideração estes fatores, temos a certeza de que os centros de capitais e suas imediações, além de terem um custo muito elevado de aquisição, ou possuem problemas de restrição de circulação ou de segurança, bem como, normalmente, um custo de mão de obra muito elevado, além de insumos muito mais custosos economicamente", analisa Renata.
Segundo Rodrigo Demeterco, diretor-presidente da Capital Realty (Fone: 41 2169.6850), em 2009 o setor imobiliário foi bastante afetado pela crise econômica mundial. Por outro lado, o segmento de infraestrutura logística sofreu menores impactos e iniciou o segundo semestre com grande agitação.
"Transportadoras e operadores logísticos se viram obrigados a baixar seus custos fixos de operações. Sendo assim, supriram suas necessidades através dos condomínios logísticos, uma vez que estão localizados estrategicamente em amplos e modernos espaços para armazenagem, oferecendo segurança nas operações, infraestrutura completa e custos baixos" comenta Demeterco. No início do último ano, a Capital Realty disponibilizou um armazém modular e conquistou três grandes clientes: Iron Mountain, Exata Logística e
Standard Logística. Devido ao grande sucesso, a empresa resolveu oferecer mais 13.000 m² de área construída que estarão disponíveis ainda em 2010. Por sua vez, Guilherme Rossi Cuppoloni, sócio-diretor da GR Properties (Fone: 11 3709.2660), revela que poucos projetos novos foram iniciados no ano passado no segmento de condomínios logísticos, mas projetos que já estavam em construção foram concluídos e a maioria deles foi locada para empresas de primeira linha. Em 2009, a GR Properties iniciou a construção do GR Jundiaí, SP, condomínio fechado com 21 galpões modulares com área entre 1.800 e 2.000 m² cada, num
total de 40.000 m² locáveis. Este empreendimento será entregue a partir de maio de 2010. Também no ano passado, a GR adquiriu um terreno em Campinas, SP, para a construção de 16 galpões de 1.500 m² cada, num total de 24.000 m² locáveis, no empreendimento GR Campinas, que terá sua construção concluída
no quarto trimestre de 2010. Segundo análise de Carlos Corsini, sócio-diretor da INI2 (Fone: 19 3251.2388), o mercado de galpões logísticos tem gerado uma valorização expressiva nos terrenos que são destinados a este tipo de empreendimento, pois tem atraído um grande número de investidores que buscam diversificar os seus investimentos em imóveis. "Este tipo de empreendimento tem demonstrado ser um investimento com pouca taxa de vacância, garantindo segurança e crescente valorização", explica.
Sobre o desempenho da INI2 em 2009, ele destaca que a empresa entregou ao mercado o Flex Buildings, que é um híbrido de galpões e escritórios, que vai ao encontro do atual cenário empresarial brasileiro. "Com o projeto, a INI2 buscou soluções irreverentes para atender de maneira competitiva ao mercado e à nova realidade econômica mundial. O empreendimento pode receber Call Center, escritórios, sedes corporativas, laboratórios, pequenas linhas de montagem de componentes eletrônicos, logística fina, entre outros", revela.
Já Gabriel Raad, diretor da Construtora Laguna (Fone: 41 3259.1800), ressalta que o início do último ano foi ruim, mas no segundo semestre houve um reaquecimento das demandas por espaços. "Entregamos, em fevereiro de 2009, o nosso primeiro condomínio logístico, localizado em São Carlos, SP.
Nosso primeiro cliente é a Electrolux do Brasil, que ocupa uma área de aproximadamente 23.000 m²", informa.Por parte da Retha (Fone: 11 4777.9800), Vanuza Dias, da área de marketing, e Marino Mário, diretor comercial, enfatizam que nos últimos cinco anos os empreendimentos industriais e logísticos têm sido uma tendência, e em 2009 não foi diferente. "Esta tendência aumentou muito", afirmam.
Conforme explicação dos representantes da Retha, do lado dos investidores, a dificuldade de encontrar bons terrenos, tanto em localização como em preço, faz com que grandes áreas sejam transformadas em condomínios, abrigando várias empresas de diversos segmentos em um só local; e do lado do cliente,
que é o inquilino, a busca de redução de custo fixo e segurança em suas operações consolidam esta tendência.
Sobre o desempenho específico da Retha no último ano, eles apontam que a taxa de vacância nos condomínios administrados pela empresa diminuiu muito.
"Com a forte demanda do segmento em 2009, a Retha agregou ao grupo uma empresa incorporadora, a TerraMar Incorporações, que atua exclusivamente no desenvolvimento de condomínios industriais e logísticos, com módulos múltiplos a partir de 800 m²", destaca Vanuza.
De acordo com Mário, isto possibilitou o avanço de dois projetos que estavam em andamento: um em Itapevi, SP, na Rodovia Castelo Branco, com oito galpões já totalmente vendidos e entrega prevista para o inicio de 2011; e outro em Louveira, SP, que prevê 33 galpões, que serão divididos em duas fases, sendo
a primeira com 14 galpões, com entrega prevista para setembro de 2011.
Mais projetos
Conforme conta Rossi, da GR, projetos que estavam parados desde 2008 em função da crise econômica mundial serão retomados e o mercado irá disponibilizar, a partir do quarto trimestre de 2010, novos empreendimentos prontos para locação. Além disso, como a retomada da demanda por novos
espaços pelos locatários já teve início neste começo de ano, os empreendimentos que serão concluídos no primeiro semestre de 2010 terão uma absorção garantida, em função da baixa oferta.
Sobre as expectativas específicas da GR, ele comenta que neste ano a empresa terá os condomínios GR Jundiaí e GR Campinas prontos e disponíveis para ocupação. Além destes empreendimentos, a empresa está em fase final de negociação de terrenos em Guarulhos e na Rodovia Régis Bittencourt, ambos para projetos de condomínios fechados de galpões modulares, nos moldes dos projetos anteriores em Jundiaí e Campinas.
Por sua vez, Mário, da Retha, conta que a perspectiva para 2010 é de surgimento de novos condomínios, já que desde o ano passado, para atender à demanda, muitos projetos saíram do papel. "Isto nada mais é que o mercado atento à tendência de condomínios industriais e logísticos", observa. "Nossa expectativa é que o mercado siga em ritmo de crescimento, para que a Retha venha a dobrar, num prazo de cinco anos, o número de condomínios administrados", acrescenta Vanuza.
E por falar em tendência, Demeterco, da Capital Realty, entende que ao contrário de mercados já consolidados como o de escritórios corporativos, o conceito de condomínio logístico está no início de sua consolidação e vem obtendo sucesso em todo país. Para ele, este tipo de investimento é a nova tendência do mercado, pois as corporações conseguem diminuir seus custos fixos de operações e não precisam
reter o capital. Sendo assim, investem na produção para obter um retorno mais satisfatório para os negócios. "A tendência é que estes condomínios logísticos sejam estrategicamente localizados, possuam amplos e modernos espaços para armazenagem, serviços diversificados, infraestrutura e rateio de despesas comuns ao condomínio, como segurança, limpeza e manutenções, entre outras", explica o diretor-presidente da Capital Realty. Para 2010, a empresa espera finalizar sua expansão de novas áreas para armazenagem de carga seca, escritórios para transportadoras e ampliação do estacionamento de carretas e veículos leves no condomínio Mega Intermodal Esteio, no Rio Grande do Sul. "Queremos nos destacar ainda mais na Região
Sul do Brasil e atrair novos clientes", conta.
Por parte da Laguna, Raad diz que a perspectiva para este ano é bastante otimista. "Vemos que a oferta irá crescer bastante em virtude dos investimentos nacionais e, principalmente, internacionais no segmento. Mas
deverá haver um crescimento proporcional da demanda, por conta do cenário de crescimento econômico que o país se encontra", analisa, revelando que a empresa pretende dar continuidade ao desenvolvimento do condomínio de São Carlos, além de lançar um empreendimento em Curitiba, PR.Na visão de
Corsini, da INI2, o momento de aquecimento econômico no mercado interno possibilita demanda para os condomínios de galpões logísticos, principalmente pelo fato deste mercado trazer segurança para os
investidores. Ao que tudo indica, segundo ele, existe um mercado enorme a ser explorado, em vista da política de infraestrutura concentrar a logística de distribuição em rodovias, garantindo a demanda crescente com a perspectiva de aquecimento do mercado interno.Ainda em 2010, a INI2 almeja lançar mais dois Flex Buildings em São Paulo e, mais adiante, expandir este conceito para outras cidades como Curitiba e Porto Alegre, por exemplo.
Já a Catena&Castro, em março deste ano, deverá colocar em funcionamento o condomínio Golden Log Anhanguera, na cidade de Sumaré, SP. Este será o segundo dos dez condomínios que a empresa pretende lançar no Brasil com a marca Golden Log. O primeiro, em Belo Horizonte, MG, já foi totalmente
comercializado. Segundo a diretora-executiva da empresa, a infraestrutura do novo empreendimento, que conta com uma área de 430.000 m² e 66 lotes, dos quais 30% já foram comercializados, está concluída e a construção de galpões no local já está liberada. "O que falta para a inauguração é concluir as obras
de asfalto e portaria", revela Renata

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Logistica de Transporte : MRS Investe em logística. Fonte: Investimentos e Noticias

SÃO PAULO, 24 de fevereiro de 2010 - A MRS Logística comunicou nesta quarta-feira que está  desenvolvendo um projeto de substituição das locomotivas que operam no Sistema Cremalheira, localizado na Serra do Mar,entre São Paulo e Santos, com o objetivo de apoiar o crescimento do volume e aumentar a confiabilidade do transporte nos próximos anos.
Segundo a empresa, o valor investido na primeira fase do projeto está estimado em R$ 130 milhões, sendo que, atualmente, as locomotivas ainda estão em fase de detalhamento de projeto, com previsão de chegarem ao Brasil somente a partir do final de 2012.
A perspectiva é que a compra das novas locomotivas suporte o crescimento da produção estimado para este trecho, passando de 500 toneladas para 750 toneladas por viagem. A atual operação na Serra do Mar, que dá acesso ao Porto de Santos, transporta cerca de 7,5 milhões de toneladas por ano.
Com a 1ª fase da modernização do sistema, a capacidade passará, nos próximos sete anos, a 24 milhões de toneladas anuais (somadas as capacidades de subida e descida).
A MRS Logística ainda em estudo a possibilidade de realização de uma 2ª fase de investimentos que poderia elevar a capacidade do sistema para até 56 milhões de toneladas (somadas as capacidades de subida e descida). A realização desta 2ª fase dependerá da avaliação dos possíveis cenários de demanda futura.
(Redação - Agência IN)