terça-feira, 4 de maio de 2010

Logística em foco:Rumo Logística recebe 120 vagões para o transporte de açúcar

A Rumo Logística, pertencente ao grupo Cosan, acaba de receber 120 modernos vagões para o transporte de açúcar.

Produzidos pela Amsterd Maxion e pela Randon, os vagões têm capacidade 25% superior a outros modelos e comportam até 100 toneladas de açúcar cada. Todos dispõem de revestimento anti-aderente.

Com a abertura simultanea de 8 portas inferiores, o descarregamento do produto será totalmente realizado em apenas dois minutos, o que representa uma redução de 97% em relação ao tempo gasto em modelos mais antigos, que necessitam de até 90 minutos para este processo.

Esta será a primeira remessa de um total de 729 vagões adquiridos das empresas Asmter e Randon no final de 2009. Os equipamentos têm entregas programadas para até julho deste ano e retirarão das estradas cerca de 30 mil caminhões por mês, diminuindo, consequentemente a emissão de CO2 na atmosfera.

O custo total empregado em todos os itens é de, aproximadamente, U$ 100 milhões, sendo que os recursos vieram por meio de investidores privados e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“A compra dos vagões faz parte do projeto da Rumo de transportar 10 milhões de toneladas de açúcar até 2014”, declara o presidente da empresa, Julio Fontana. Segundo ele, a companhia tem como objetivo vender serviços de transporte para outros clientes, incluindo tradings e outras usinas. “Deste montante (10 milhões), 30% a 35% deverá ser utilizado com produtos da Cosan, e o restante da capacidade virá por meio de prestação de serviços para outras companhias, como é o caso do acordo firmado com a São Martinho”, revela.
Fonte: News Logweb. http://logweb.com.br/index.php?urlop=noticia&nid=MjMxNTQ=
03.05.2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

logística em Foco: Falta logística de distribuição para escoar produtos. fonte: Diário do Nordeste

Marcos José de Arruda Garcia é outro exemplo entre os milhares de agricultores familiares que sustentam o setor rural no Ceará. Tendo como principal cultivo o café, no Maciço de Baturité, o pequeno produtor coordena a produção do grão com frutas, como o abacate, a laranja, a tangerina e a banana, e ainda, em menor proporção, com hortaliças. Em média são 15 sacas de café por ano e, mensalmente, dez milheiros de banana, cinco mil abacates e 500 unidades de laranja e tangerina, cada. "Dá tanto para comer, como também para comercializar", comemora. O café produzido, acrescenta, também é beneficiado, sendo torrado.

Segundo Garcia, a parte que é destinada à comercialização é enviada para o mercado da Capital e, atualmente, um grupo de 20 produtores da região realiza, quinzenalmente, a primeira feira de produtos agroecológicos de Fortaleza, dado que eles exploram a terra dentro do sistema de agrofloresta sustentável.
Apesar de já estar na atividade há pelo menos 15 anos, a maior dificuldade que ainda enfrenta é a logística de distribuição. "O atravessador é a única oportunidade. O ideal é que fosse uma relação mais justa", pontua o agricultor, acrescentando ainda que falta articulação dos pequenos produtores para atender o grande varejo.

"Uma alternativa tem sido a Base de Serviços de Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar, um incentivo do governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com o apoio do governo do Ceará, que intermedeia a relação entre quem produz e quem quer comprar", acrescenta Garcia. "Porém, pela falta de recursos, não podendo adquirir caminhões para fazer as entregas, acaba fazendo com que, mais uma vez, a gente caia nas mãos dos atravessadores. Além disso, as linhas de financiamento ainda são de difícil acesso", emenda Garcia. Um outro incentivo, aponta o agricultor, são as compras diretas que as prefeituras fazem dos agricultores familiares. "Já existem recursos nas prefeituras para isso, cujo volume do que é consumido é definido em 30%", finaliza. (ADJ)

REBANHO DE ALTO PADRÃO
Leite garante o sustento

A produção de 105 a 108 litros de leite por mês, aliada à produção de mel - 500 quilos em 2009, tem garantido o sustento do agricultor familiar Odair José Domingos da Silva, que, desde 2007, vive com a mulher e uma filha de aproximadamente oito anos em uma propriedade de 32 hectares inserida no projeto de assentamento Nova Holanda, em São João do Jaguaribe. Segundo ele, aquilo que é produzido é colocado em um tanque de resfriamento existente na propriedade rural, para posterior comercialização com uma laticínio em operação na região.

O assentamento surgiu por causa da realocação forçada de famílias atingidas pela barragem do açude Castanhão. Possui 533 hectares de área e apesar do projeto inicial ter sido concebido para 18 famílias, a realidade mostrou que a propriedade só poderia abrigar 12 famílias. As atividades principais do assentamento são: bovinocultura leiteira, apicultura, pesca artesanal e ovinocultura. Além dessas atividades, existe um projeto de corte e costura voltado para o atendimento às mulheres e jovens da comunidade e uma horta orgânica. O destaque especial para produção de leite é decorrente da produtividade possibilitada pela tecnologia implantada de pastejo rotacionado e alto padrão genético do rebanho.

"O leite é um produto de fácil comercialização. É uma atividade que requer tempo, mas que tem retorno garantido", explica Odair José. "Existem muitas dificuldades no semiárido nordestino. É uma região seca e mesmo com a ajuda da tecnologia, ainda se tem a dificuldade da chuva", relata. Porém, apesar de representar um mercado de fácil comercialização, ele aponta o baixo valor que ainda é pago pela indústria de laticínios pelo produto. "A gente passa por uma batalha para produzir o leite e só consegue receber R$ 0,65 por um litro do mesmo", argumenta o produtor. (ADJ